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Portal Terra

Publicado em 06/08/2025 - 09:45 / Clipado em 07/08/2025 - 09:45

Brasil tem quase 300 mil equipamentos voltados para diagnósticos, mas menos de 1% deles estão em postos de saúde


De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, a maioria está presente em hospitais, clínicas e consultórios

Gabriella Reis Gabriella Reis

 

O Brasil tem quase 300 mil equipamentos voltados para diagnósticos, mas menos de 1% deles estão em postos de saúde, segundo o levantamento da 7ª edição do Painel Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica)  – "O DNA do Diagnóstico". De acordo com o estudo, a maioria das máquinas está presente em hospitais, clínicas e consultórios

 

Segundo o relatório, feito com base em dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/DataSUS) e obtido pelo Terra, entre 2021 e 2024, o parque de equipamentos, que inclui de imagem, gráficos e ópticos, no País cresceu de 247,8 mil para 293,3 mil unidades. Deste número, 276.474 estão em uso, o que corresponde a uma taxa de 94,3% do total. 

Em 2024, os estabelecimentos de saúde que têm a maior quantidade são os hospitais, com 70.799 aparelhos (25,6%). Em seguida, clínicas/especialidades com 58.888 (21,3%) e consultórios isolados com 52.420 (19,0%).

As unidades de apoio diagnóstico e terapia possuem 28.180 (10,2%), refletindo modelos de negócio focados exclusivamente em exames, com menor ou sem nenhuma estrutura de internação. Já unidades básicas/centros de saúde, 24.447 (8,8%), enquanto postos de saúde têm 1.374 (0,5%) e unidades mistas, 1.144 (0,4%).

“Os equipamentos de diagnóstico fornecem informações valiosas para o diagnóstico preciso de doenças e condições médicas, permitindo o acompanhamento adequado do estado de saúde do paciente e contribuindo para o seu bem-estar”, destaca a Abramed. 

Durante o lançamento do relatório nesta quarta-feira, 6, no Instituto de Estudo e Pesquisa do Hospital Sírio-Libânes, em São Paulo, especialistas da medicina diagnóstica pontuaram a importância do diagnóstico precoce, tanto para uma melhor qualidade de vida do indivíduo quanto para uma redução de custos e sustentabilidade por parte dos estabelecimentos de saúde de modo geral. 

“Nós temos dados muito concretos que [apontam que] o diagnóstico precoce e o devido encaminhamento de um paciente, efetivamente, reduz o custo total na saúde. Nesse aspecto a medicina diagnóstica tem um papel fundamental”, destacou Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury. 

Frente ao crescimento da tecnologia, o painel avaliou a necessidade de usar recursos, como inteligência artificial (I.A.) para aumento da qualidade e rapidez no atendimento. “Temos equipamentos de imagens com soluções de inteligência artificial que conseguem reduzir o tempo do paciente, máquinas que conseguem evitar repetições”, refletiu Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin. 

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