Publicado em 31/07/2025 - 09:18 / Clipado em 31/07/2025 - 09:18
‘Retratos do Câncer’ debate inovações e gargalos do tratamento oncológico no Brasil; acompanhe
Evento em São Paulo reúne especialistas para falar sobre novas terapias, diagnósticos mais precisos e caminhos para aumentar o acesso
Por Redação
Apesar dos grandes avanços científicos alcançados nas últimas décadas no tratamento oncológico, o câncer ainda é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. Em 2023, cerca de 255 mil brasileiros perderam a vida por causa da doença, uma média de um óbito a cada 30 minutos, segundo dados do Ministério da Saúde.
A boa notícia é que nunca tivemos tantos tratamentos inovadores e promissores contra a doença. Imunoterapia e terapia com células CAR-T são algumas das abordagens que vêm revolucionando o combate a alguns tipos de tumor, mas os altos custos das medicações e a complexidade de desenvolvimento e aplicação fazem com que elas ainda estejam inacessíveis para parte considerável dos pacientes.
Para debater as principais inovações no tratamento oncológico e os caminhos para que essas terapias cheguem a todos os pacientes que precisam, médicos, cientistas, psicólogos, gestores públicos, líderes da indústria da saúde e outros profissionais se reunirão em São Paulo nesta quinta-feira, 31, na 5ª edição do Retratos do Câncer, evento promovido pelo Estadão Blue Studio. O evento poderá ser acompanhado aqui ou em www.youtube.com/@estadao a partir das 9h30.
O encontro terá quatro painéis principais. No primeiro, os participantes falarão sobre o cenário da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil. Entre os pontos abordados estarão novos tratamentos, estratégias de rastreamento populacional para diagnóstico precoce e o impacto da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
No segundo painel, a discussão terá como foco as inovações que estão transformando a forma como o câncer é diagnosticado e tratado, entre elas a imunoterapia e terapias celulares e gênicas, e os caminhos para garantir a sustentabilidade financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) em meio a um cenário de tratamentos cada vez mais caros. A participação do País no cenário global de pesquisas também será debatida.
No terceiro painel, o tema será cuidados paliativos na oncologia, com especialistas que são referência trazendo as mais recentes abordagens para proporcionar conforto, dignidade e qualidade de vida para pacientes com câncer avançado. Serão discutidos o papel de equipes multidisciplinares no controle da dor, manejo de sintomas e suporte emocional para pacientes e familiares.
Por fim, no quarto painel, os participantes debaterão as desigualdades regionais no tratamento oncológico e iniciativas para descentralizar serviços, capacitar profissionais e melhorar a infraestrutura em áreas vulneráveis.
Entre os palestrantes confirmados estão Andreia Melo, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico do Instituto Nacional de Câncer (Inca); Angélica Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC); Ana Maria Drummond, diretora do Instituto Vencer o Câncer, e Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia.
Ainda como parte da programação, a criadora de conteúdo Fabiana Justus irá compartilhar sua experiência como paciente oncológica, contando os desafios e aprendizados do período de tratamento de uma leucemia.
Também estão previstas apresentações de iniciativas e experiências de instituições como o Einstein Hospital Israelita, que abordará os desafios para consolidar o Brasil como referência global em oncologia. A Johnson & Johnson trará dados sobre câncer de pulmão e a Novartis conduzirá uma discussão sobre os entraves no acesso a terapias para o câncer de mama pelo SUS.
Reflexões levantadas durante o evento serão exploradas ao longo do dia, em publicações da editoria de Saúde do Estadão, e em um caderno especial publicado no dia 8 de agosto. A edição trará a cobertura completa dos painéis, além de conteúdos complementares sobre temas como imunoterapia, uso de inteligência artificial nos diagnósticos, a importância dos cuidados com a saúde mental durante o tratamento e o aumento dos casos de câncer entre jovens.
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