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Publicado em 26/05/2025 - 09:20 / Clipado em 02/06/2025 - 09:20

Tomossíntese digital mamária supera mamografia em rastreamento familiar


 Destaque 

A tomossíntese digital mamária demonstrou redução significativa nas taxas de reconvocação e aumento na especificidade em comparação com a mamografia digital convencional, especialmente em mulheres com um parente de primeiro grau com câncer de mama e aquelas com densidade fibroglandular dispersa.

Este método avançado de rastreamento também mostrou redução nas taxas de câncer avançado em mulheres com mamas extremamente densas, oferecendo benefícios particulares para subgrupos específicos de pacientes com histórico familiar de câncer de mama.

No entanto, não houve diferença significativa na taxa global de detecção de câncer ou nas taxas de sensibilidade entre as modalidades. Além disso, em mulheres com mamas quase totalmente gordurosas, a tomossíntese detectou menos casos de carcinoma ductal in situ (DCIS) em comparação com a mamografia digital.

 Contexto 

  •     Aproximadamente de 8% a 11% das pessoas relatam ter um familiar próximo diagnosticado com câncer de mama, destacando a relevância significativa deste fator de risco. 
  •     Uma metanálise abrangente de 74 estudos confirmou que o histórico familiar de câncer de mama aumenta o risco da doença, com riscos relativos variando de 1,5 a 3,6, dependendo dos parentes afetados. 
  •     Uma reanálise detalhada de 52 estudos epidemiológicos demonstrou que as razões de risco aumentavam com o número de parentes de primeiro grau afetados: 1,8 para 1 parente, 2,9 para 2 parentes e 3,9 para 3 parentes de primeiro grau. 
  •     Mulheres com histórico familiar de câncer de mama apresentam maior probabilidade de ter alta densidade mamária, o que pode mascarar cânceres na mamografia convencional. 
  •     A tomossíntese digital mamária tem mostrado melhorias na detecção e redução de reconvocações em comparação com a mamografia digital convencional, especialmente em mulheres jovens. Os benefícios observados variam de acordo com a densidade mamária e o grau de parentesco afetado pelo câncer de mama.

Metodologia 

  •     Pesquisadores conduziram um estudo de coorte comparativo em instalações de diagnóstico de imagem afiliadas ao Breast Cancer Surveillance Consortium, incluindo mulheres adultas com 18 anos ou mais com histórico familiar autorrelatado de câncer de mama que realizaram tomossíntese digital mamária ou mamografia digital entre 2011 e 2018, com acompanhamento de 1 ano para carcinoma mamário. 
  •     Uma análise retrospectiva foi realizada utilizando-se uma coorte observacional coletada de cinco registros de imagem mamária no âmbito do Consórcio de Vigilância do Câncer de Mama, com um total de 208.945 mulheres submetidas a 502.357 exames de rastreamento. 
  •     A idade mediana (intervalo interquartil [IIQ], 50-66) foi de 58 anos para o grupo de tomossíntese digital mamária e 57 (IIQ, 49-66) anos para o grupo de mamografia digital, demonstrando uma distribuição etária equilibrada entre os grupos estudados. 
  •     Para ajustar diferenças entre grupos, foi empregada ponderação por probabilidade inversa de tratamento e modelos de regressão ponderados, conferindo maior rigor à análise dos resultados de acordo com características sociodemográficas e clínicas.

 

https://portugues.medscape.com/verartigo/6512788

 

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