
Publicado em 19/10/2022 - 13:39 / Clipado em 19/10/2022 - 13:39
Arquiteto Mauro Ribeiro Viegas morre no Rio aos 103 anos
Ele também era urbanista e professor catedrático de materiais de construção e estudos, autor de diversas obras técnicas.
Por g1 Rio
Morreu no Rio de Janeiro aos 103 anos nesta terça-feira (18) o arquiteto Mauro Ribeiro Viegas. Ele também era urbanista, professor catedrático de materiais de construção e estudos e autor de diversas obras técnicas.
Como urbanista, Mauro foi responsável por projetar parques e jardins da cidade do Rio de Janeiro e colaborou na construção de Brasília, onde montou o pioneiro laboratório de análise de construção. Também foi presidente da Companhia de Habitação Popular (COHAB) – de responsabilidade dos governos municipais durante a administração de Negrão Lima.
Formado em 1945 pela Faculdade Nacional de Arquitetura, o professor Mauro fundou, em 1952, a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, como o primeiro laboratório privado brasileiro de controle sistêmico das estruturas de concreto e de seus materiais. Este ano, a Concremat completou 70 anos.
A morte foi lamentada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Entre as diversas atividades exercidas na federação, Viegas foi vice-presidente do CIRJ, entre os anos de 1995 e 2004. Também presidiu os conselhos Empresarial de Meio Ambiente (1995 a 2001) e Empresarial de Recursos Hídricos (2001 a 2015). Em 2002, foi condecorado com a medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro e, desde 2015, era integrante do Conselho de Eméritos da FIRJAN/CIRJ.
Ao longo da sua jornada, o catedrático Mauro Ribeiro Viegas assumiu a diretoria do Departamento de Parques, órgão vinculado à Secretaria-Geral de Viação e Obras da prefeitura do Rio de Janeiro. Nos anos de importantes serviços às obras públicas brasileiras e à prefeitura do Distrito Federal, colocou em prática o projeto de criação do sistema Guandu, visando à solução para os problemas de tratamento e abastecimento de água do Rio, e foi um marco na criação de diversos conjuntos habitacionais para pessoas de baixa renda.
Seguiu participativo nos debates e atividades envolvendo o urbanismo no Brasil e no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 2000, tornando-se empresário e presidindo a Cooperativa Habitacional da Guanabara e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RJ). Organizou e presidiu por seis anos o Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, entidade da qual foi benemérito.
"O professor Mauro Ribeiro Viegas era uma daquelas pessoas que a sua época já pensava no país e no social. Desde muito cedo, se dedicou à arquitetura e ao urbanismo, colaborando com diversas obras públicas no então estado da Guanabara e quando o Distrito Federal era na cidade do Rio de Janeiro. Também atuou na construção de Brasília e na primeira refinaria da Petrobras, ainda na década de 1950”, destacou o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.
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