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 Portal TV Prefeito

Publicado em 16/04/2022 - 12:41 / Clipado em 22/04/2022 - 12:41

Piso na Orla Conde afunda e abre cratera no Centro do Rio


Um afundamento no chão da Praça da Pira Olímpica, no Centro do Rio, levou a prefeitura do Rio a realizar uma escavação no local em busca da origem do problema. Técnicos do município trabalham junto de um engenheiro calculista de São Paulo, que atuou nas obras de revitalização da Orla Conde e construção do túnel Marcello Alencar. Com um buraco de cerca de cinco metros de diâmetro, há interdições no local que fizeram o festival CasaBloco, programado para esta semana, ser transferido da Casa França-Brasil para o clube Monte Líbano, no Leblon.

Um técnico da secretaria de Infraestrutura afirmou ao GLOBO que o afundamento começou próximo à pira e, por consequência, perto da estrutura do Marcello Alencar, que passa sob daquele ponto. O local é o mesmo onde, em 2017, houve registro de infiltrações. O túnel tangencia a Baía de Guanabara e fica abaixo do nível do mar.

A convite do GLOBO, o engenheiro Luiz Carneiro de Oliveira, coordenador da Câmara Especializada em Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), percorreu o local nesta quinta-feira. Segundo ele, o afundamento pode ter sido causado por uma falha na injeção de concreto feita pela prefeitura na Orla Conde após as infiltrações.

O procedimento buscou dar maior estabilidade às chamadas paredes-diafragma da galeria — uma espécie de cortina de concreto usada para conter a força do lençol freático.

— Pode ter acontecido uma falha na injeção que deixou algum vazio na estrutura da construção, que não foi notado. Por exemplo, um espaço vago entre duas estacas, o que favorece os afundamentos. Mas a verdadeira causa só vai ser descoberta ao fim das escavações — pontua.

O especialista afirma que ainda não é possível afirmar se a ocorrência traz riscos à integridade do túnel. Ele explica que nem as paredes-diafragma nem as injeções de concreto faziam parte do projeto original. Elas resultaram da proximidade da galeria com a Baía de Guanabara, o que decorreu, por sua vez, de modificações no trajeto inicial da obra. Segundo Oliveira, a porção subterrânea do túnel seria mais curta do que é atualmente. Um dos indícios de riscos à integridade do túnel seria a queda de terra em seu interior. No entanto, não há registro de sedimentos no asfalto do Marcello Alencar.

Procurada, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) diz que trabalha para o diagnóstico das intervenções necessárias e por precaução vistoriou o sistema de drenagem do túnel, que funciona perfeitamente. A prefeitura informa ainda que não foi encontrada nenhuma relação entre o afundamento do piso e a estrutura do Marcello Alencar e, por isso, não há necessidade de interditar a via.

No Cosme Velho, Zona Sul do Rio, uma outra cratera foi aberta na rua que leva o nome do bairro após o rompimento de galeria de águas pluviais e de rede de água potável, que afeta o abastecimento na região e em Laranjeiras. Técnicos da concessionária Águas do Rio e da prefeitura trabalham na recuperação da tubulação.



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