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Publicado em 07/08/2025 - 14:01 / Clipado em 08/08/2025 - 14:01

Duplicação da Serra das Araras tem 38% da obra concluída e deve ser entregue em 2028


Por REDAÇÃO PLANETA CAMINHÃO 

 

A expectativa é dobrar a velocidade média dos veículos, reduzindo em até 50% o tempo de descida em direção ao Rio de Janeiro e 25% na subida rumo a São Paulo

 

A duplicação da Serra das Araras, um dos trechos mais importantes da Via Dutra (BR-116), já tem 38% das obras concluídas e segue como uma das maiores intervenções de infraestrutura viária do Estado do Rio de Janeiro. Com 16 quilômetros de extensão — oito para cada sentido —, o projeto está sendo executado pela EGTC Infra, com um investimento de R$ 1,5 bilhão. A obra promete transformar a mobilidade entre as regiões Sudeste e Sul do país.

Localizada entre os Kms 225 e 233 da Dutra, a Serra das Araras é um ponto crítico para o transporte de cargas e passageiros. A rodovia movimenta 390 mil veículos por mês, dos quais 36% são caminhões que transportam mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A expectativa é que a duplicação reduza em até 50% o tempo de descida rumo ao Rio de Janeiro e 25% na subida para São Paulo, dobrando a velocidade média de 40 km/h para 80 km/h.

As melhorias incluem a construção de 24 viadutos, duas rampas de escape, três passarelas, oito pontos de ônibus, além de uma via marginal e áreas de acostamento. Estão previstas também 14 melhorias nos acessos locais e a instalação de uma feira de frutas na parte central da serra, a 370 metros de altitude, beneficiando pequenos produtores da região. A nova pista de subida deve ser entregue em 2028, enquanto a pista de descida está prevista para 2029, quando as pistas antigas serão desativadas.

Durante visita técnica da delegação do CREA-RJ, liderada pelo presidente Miguel Fernández, foi destacado o papel estratégico da obra na ligação entre Rio e São Paulo, as duas maiores cidades do país. Fernández defendeu a retomada de grandes obras de infraestrutura pelo Estado e ressaltou que projetos como esse devem fazer parte de um plano de desenvolvimento com visão de longo prazo — de 10, 20 e até 50 anos.

A visita percorreu diversos pontos do canteiro de obras, incluindo a fábrica de pré-moldados, oficina mecânica e a usina de britagem, onde são produzidas as pedras usadas no concreto. A operação envolve 34 canteiros ativos, que funcionam em dois turnos e empregam cerca de 5 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local dos municípios de Paracambi e Piraí.

A EGTC, empresa responsável pela obra e pertencente ao grupo Somah Investimentos, conta com 2.500 funcionários, sendo 500 engenheiros, técnicos e auxiliares. O projeto utiliza tecnologias de ponta, como o uso da treliçadeira, que sustenta as vigas utilizadas nos viadutos. “Estamos enfrentando grandes desafios com inovação e engenharia de alto nível”, afirmou o gerente de engenharia Fábio Villari.

Até agora, a obra teve cinco acidentes graves registrados, incluindo um com vítima fatal. A segurança é tratada como prioridade: há uma equipe especializada com engenheiro, técnicos de segurança, médico ocupacional, ambulância e apoio da equipe de resgate da concessionária Motiva, responsável pela gestão da Via Dutra. As boas práticas da EGTC foram reconhecidas pela Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (CAPA) do CREA.

O impacto da duplicação da Serra das Araras vai muito além da infraestrutura. Ao otimizar o fluxo logístico entre as maiores regiões econômicas do Brasil, a obra deve impulsionar o transporte de cargas, reduzir custos operacionais e contribuir para a segurança viária. Com entrega prevista até 2029, o projeto representa um marco da engenharia brasileira e um avanço logístico fundamental para o país. 
 

Os números da obra:

7,7 quilômetros de extensão em cada sentido

Quatro faixas de rolamento, uma faixa de segurança à esquerda e acostamento à direita.

3,4 milhões de metros cúbicos de escavação

1,9 milhão de metros cúbicos de aterro

129 mil metros cúbicos de concreto

30 milhões de quilos de aço

2.730 metros quadrados de cortina atirantada

O corte mais alto tem 82 metros de altura

 

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