
Publicado em 05/08/2025 - 17:28 / Clipado em 05/08/2025 - 17:28
CREA-RJ reúne 150 delegados em debates no 12º Congresso Estadual de Profissionais
Gabriele Formozo
Em mobilização histórica, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) reuniu no último sábado, dia 2 de agosto, cerca de 150 delegados no 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP). Na ocasião, foram discutidos cinco temas propostos pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea): Acessibilidade e Mobilidade Urbana, Saneamento Básico, Engenharia Pública, Qualidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentável Energético.
No encontro, ocorrido durante todo o dia no hotel Windsor Guanabara, no Centro do Rio, foram eleitos 30 delegados – dez com mandatos de conselheiros e inspetores e 20 sem mandato -, que vão levar um total de dez propostas sobre o eixo temático para o Congresso Nacional de Profissionais, que será realizado após a 80ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (SOEA), em Vitória (ES). As propostas vencedoras vão nortear as diretrizes do Confea para os próximos três anos.
O presidente do CREA-RJ, engenheiro Miguel Fernández, manifestou satisfação com a mobilização dos engenheiros do Sistema Confea/CREA em torno de temas considerados essenciais para o desenvolvimento da sociedade.
“Pela primeira vez, o CREA se mobiliza em um patamar onde temos 150 delegados disputando 30 vagas para participar do Congresso Nacional de Profissionais. Foram cerca de uma centena de propostas apresentadas nas mais diversas regiões do nosso estado. Então, temos os 92 municípios representados aqui, numa dinâmica onde cinco eixos temáticos vão ser debatidos para apresentar modificações que sejam significativas, tanto para o sistema Confea/CREA e Mútua, como para o nosso país, estado e municípios; principalmente os municípios fluminenses”, destacou Fernández.
O primeiro vice-presidente do CREA-RJ, Alberto Balassiano, coordenador do CEP, lembrou que o evento é realizado de três em três anos pelo Confea com apoio dos CREAs em todo o país.
“A Engenharia Pública e o Saneamento Básico foram os temas que mais atraíram a atenção dos engenheiros no Estado do Rio”, observou Balassiano, lembrando que o Congresso de sábado foi resultado de encontros microrregionais em nove municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Além de Fernández e Balassiano, participaram da mesa as seguintes autoridades: o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian; a conselheira do CREA Carmem Petraglia, vice-presidente do Centro Cultural da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj); Vinicius Marchese, representando o presidente do Confea; o diretor-geral da Mútua RJ, Jamerson Freitas; e o engenheiro e deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, em seu quinto mandato. Luiz Paulo e Francis Bogossian foram homenageados com quadro com o mapa do Estado do Rio e uma placa nominal. O quadro foi entregue pelo presidente do CREA-RJ, como reconhecimento do trabalho feito pelos dois engenheiros.
Engenheiro civil formado pela UFRJ em 1972 com mestrado em transporte pelo COPPE, o deputado Luiz Paulo parabenizou os engenheiros e o CREA pela realização do Congresso.
“A engenharia civil precisa ser retomada no nosso país. E o órgão da classe do Rio de Janeiro, que é o nosso CREA, está tendo muitas iniciativas importantes. Temos aqui representantes dos mais diversos municípios, de Porciúncula, de Itaperuna…”, destacou, acrescentando: Eu acho muito importante essa integração, lutando pela melhoria da qualidade de vida da população, propondo soluções de problemas como mobilidade urbana, meio ambiente. Enfim, é um congresso muito bom tecnicamente e também politicamente”, destacou Luiz Paulo, que em sua palestra defendeu a retomada de investimentos públicos nos transportes ferroviários com a recuperação da SuperVia e a expansão do metrô.
O presidente do Clube de Engenharia, professor Francis Bogossian, enfatizou a necessidade de os profissionais de engenharia buscarem a unidade em torno das propostas a serem apresentadas pelos delegados do CEP:
“Este Congresso tem uma importância enorme, pois precisamos de maior unidade entre os engenheiros de diversas áreas para a retomada do desenvolvimento do país. Eu sempre digo e repito que não há nação que possa prescindir do seu desenvolvimento e não há desenvolvimento sem engenharia em todas as áreas de atuação”, afirmou Bogossian, a frente da entidade mais longeva do Sistema Confea, fundada em 1880.
Bogossian – que defendeu a criação de um departamento nacional de prevenção de catástrofes – pediu licença para ler a “Carta ao Povo Brasil – a soberania está em risco”, divulgada em 1º de agosto, na qual “o Clube de Engenharia do Brasil repudia as agressões do governo dos Estados Unidos da América à Soberania, ao processo de desenvolvimento e à democracia no país”. Foi bastante aplaudido.
Entre os 20 delegados eleitos sem mandato está a engenheira florestal Alessandra Brito de Carvalho, formada há três anos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ela teve aprovada sua proposta para que o Sistema Confea/CREA dê maior visibilidade a projetos socioambientais apresentados por pequenas e médias empresas, que muitas vezes não conseguem ser implementados.
“O CNP é uma oportunidade estratégica para que engenheiros e empreendedores transformem propostas em políticas públicas, impulsionem negócios de impacto e fortaleçam o protagonismo técnico da engenharia no desenvolvimento sustentável. Assim, colocamos a engenharia à serviço da vida e da sociedade”, defendeu Alessandra.
Fonte: Cristina Freitas-Libris
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