
Publicado em 24/02/2025 - 11:56 / Clipado em 25/02/2025 - 11:56
Alerj defende construção integral da Ferrovia Vitória-Rio EF-118
Para Luiz Paulo, 'obra impactará o desenvolvimento de 24 municípios, sendo que 13 já serão beneficiados na fase inicial da implantação'
Por Redação
A Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), enviará ao Ministério dos Transportes um documento enfatizando a importância da construção integral da Ferrovia Vitória–Rio (EF-118), que conectará os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, formando o Anel Ferroviário do Sudeste. A medida foi anunciada pelo coordenador da Frente, deputado Luiz Paulo (PSD), nesta segunda-feira, durante reunião na sede da Alerj.
A obra prevê 2 trechos – Sul (Baixada Fluminense ao Porto do Açu, ambos no Rio) e Norte (Porto do Açu a Anchieta, no Espírito Santo). No início do ano, o Governo Federal anunciou um investimento de R$ 3,28 bilhões na ferrovia. No entanto, o valor será destinado apenas à construção do primeiro trecho, previsto para começar até o fim deste ano. O trecho Norte favorece apenas a exportação de minério sem agregar valor econômico no Rio de Janeiro.
“O que nos causou surpresa foi que, além do contrato desse processo licitatório estar previsto para ser assinado apenas no final de 2026, com a obra estimada para durar oito anos, o projeto não inclui o trecho Sul da ferrovia, que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu. Esse trecho é essencial para o desenvolvimento do Estado do Rio”, lamenta o deputado Luiz Paulo.
A EF-118 terá 495 quilômetros de extensão e ampliará a capacidade portuária, beneficiando principalmente os setores do agronegócio e da mineração. Segundo o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernandes y Fernandes, a ferrovia também criará oportunidades de emprego. “Obras de infraestrutura movimentam toda a cadeia produtiva. A engenharia demonstra que a construção completa da ferrovia é viável, mesmo diante de desafios técnicos”, afirmou.
Wagner Victer, que foi secretário estadual e é conselheiro vitalício Clube de Engenharia, explicou ao Monitor Mercantil que todo processo de concessão – que terá subsídio público – deve ser tratado como sendo uma única ferrovia, pois, caso contrário, só será implantado o trecho Norte para trazer o minério e o trecho Sul – o mais importante para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro – não sairá.
Com informações da Alerj
Matéria atualizada às 18h59 com as decisões tomadas na reunião da Frente Parlamentar
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