Ao identificar que a barragem Epaminondas Ramos está degradada e sem manutenção, Mozart pensou numa solução técnica para o problema na região, cercada de natureza e cachoeiras, que frequentou por mais de 20 anos. Preocupado em encontrar uma saída que evitasse riscos de alagamentos para a população local e, ao mesmo tempo, preservasse o espaço, ele teve a ideia do descomissionamento parcial.

Depois de abastecer moradores de 1948 a 1981, a represa foi substituída por água encanada da Cedae. O projeto visa preservar o ecossistema local, já que ali há um lago, que se formou com a represa, onde peixes e outros animais se alimentam. O estudo foi entregue à Prefeitura de Nova Iguaçu para análise e possível implementação.

— O abastecimento pela barragem foi substituído por sistemas modernos, mas o lago se tornou parte do ecossistema local. Nosso objetivo foi encontrar um equilíbrio, protegendo o meio ambiente e evitando alagamentos na área — explica Mozart, que se formou em Engenharia Civil na Unig e é pós-graduado em Geotécnica.

Já o projeto de Henrique e Beatriz se destacou pela criação de uma câmara fria de 36 metros cúbicos, com capacidade para armazenar até 1,512 tonelada de alimentos a temperaturas entre dois e oito graus, conforme as normas da Anvisa. Com essa inovação, a Faetec de Manguinhos, que oferece cursos gratuitos, poderá distribuir alimentação de forma segura para seus alunos. O estudo foi disponibilizado para a instituição de ensino sem custos.

— Como funcionário da Faetec de Manguinhos, eu sabia das dificuldades que eles enfrentavam para oferecer refeições aos alunos, cerca de 400, como em outras unidades. A câmara fria que projetamos permite armazenar uma quantidade muito maior de alimentos do que os freezers convencionais — conta Henrique, aluno do sexto período de Engenharia Mecânica da Unig.

https://extra.globo.com/rio/noticia/2024/11/estudantes-de-engenharia-sao-premiados-pelo-crea-rj-por-projetos-de-impacto-social.ghtml