
Publicado em 06/09/2024 - 18:04 / Clipado em 06/09/2024 - 18:04
Rock in Rio terá nova tecnologia com uso de QR-code para fiscalização de responsáveis por instalações durante o festival
Medida foi implementada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro
Por Extra — Rio de Janeiro
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro irá usar uma nova tecnologia na fiscalização da montagem de equipamentos do Rock in Rio. Agora, qualquer pessoa poderá acessar informações sobre a identificação do responsável técnico por cada instalação do evento através de um QR-code instalado na tirolesa. Lá é possível encontrar informações sobre o encarregado de todas as estruturas do festival. Na última terça-feira (06), o engenheiro e presidente do CREA, Miguel Fernández, testou pela primeira vez a nova tecnologia e falou sobre as facilidades do dispositivo.
— Aquele profissional ou cidadão que quiser saber quem é o responsável técnico por uma obra ou serviço pode com seu próprio celular acessar as informações. Dessa forma, vamos garantir que sempre se tenha acesso a essas informações de segurança para um grande evento que é o Rock in Rio. São milhares de profissionais trabalhando, centenas de empresas envolvidas e é uma alegria estar fazendo parte disso, mostrando um pouquinho do antes, durante e depois desse grande espetáculo no Rio de Janeiro — explicou ele durante uma visita de fiscalização realizada na última terça-feira (06).
A visita do Crea-RJ ao Rock in Rio faz parte de uma iniciativa da Equipe de Trabalho para Grandes Eventos, criada pelo presidente. A junta já atuou na fiscalização de 103 eventos este ano, entre os quais o desfile das escolas de samba do Grupo Especial e o show de Madonna, em Copacabana.
O responsável técnico pela montagem da Cidade do Rock, o engenheiro Jackson Pessanha, falou sobre o período de montagem do evento que já dura seis meses e destacou a importância da presença do CREA na fiscalização. O profissional está à frente de um time de engenheiros civis, eletricistas, mecânicos, hidráulicos, além de arquitetos.
— Estamos há seis meses montando a Cidade do Rock. O Crea é super importante no contexto da engenharia nacional e na fiscalização do exercício profissional e das várias empresas que atuam aqui. É um selo de garantia para a obra e dá tranquilidade para todos nós — afirmou Pessanha.
Segundo o Crea-RJ, a fiscalização da entidade já constatou até o momento a atuação de 152 engenheiros de 75 empresas que já registraram no Crea cerca de 500 Anotações de Responsabilidade Técnica (ART). Obras como a da tirolesa, uma das maiores sensações da Cidade do Rock, exibem placas com os números da ART para facilitar o trabalho da fiscalização. São cerca de 25 mil empregos gerados durante os sete dias de evento.
Para apresentar 500 horas de shows, a Cidade do Rock tem dez torres de delay e uma estrutura de fornecimento de energia elétrica capaz de manter acesa uma cidade com população equivalente a de Nilópolis, na Baixada Fluminense, que tem cerca de 146 mil habitantes. Os palcos Mundo, Sunset, Global Village, Espaço Favela, New Dance Order e Supernova têm geradores com 2.500 Kwa, cada. As 11 subestações de energia fornecem cada uma 1.200 Kwa.
O engenheiro eletricista da TV Globo, Derick Correa, pela terceira vez no megaevento, é o encarregado de montar os geradores e distribuir a energia para os pontos da emissora oficial responsável pela transmissão dos shows. Ele comanda uma equipe de 50 profissionais cuja principal tarefa é oferecer “energia garantida”, ou seja, 24 horas por dia e sem falhas.
Além da estrutura de palcos e brinquedos, este ano foram instalados sensores de presença nos banheiros para fazer a fila andar mais rápido. São oito ilhas de sanitários, com um total de 1.200 vasos sanitários e 600 mictórios.
Para prevenir incêndios, o Rock in Rio vai usar a tecnologia de ignifugação, que dá aos materiais maior resistência ao fogo. O tratamento ignifugante foi feito principalmente na cidade cenográfica da Global Village, que tem, entre outras, reproduções da Casa Branca, de um iglu e de um pagode chinês. O recurso é um investimento seguro, que beneficia os ambientes e assegura o potencial de combate a incêndios. A Global Village, que deve ocupar 7.500 metros quadrados, da Cidade do Rock e contará com uma cenografia inspirada em ícones arquitetônicos dos seis continentes. Ali as pessoas poderão andar por uma longa via, entrar em lojas e experimentar as opções gastronômicas de diversos países.
Acessibilidade
A Assessoria de Imprensa do Rock in Rio informa que, desde 2017, o festival trabalha para se tornar cada vez mais acessível para o público, oferecendo um plano de rotas, plataformas e interatividade. Uma equipe destacada pelo festival para as necessidades de pessoas com deficiência é responsável por buscar melhorias para pessoas com necessidades especiais, como pessoas com deficiência física, auditivos, visuais, intelectuais, além de gestantes, idosos, lactantes, pessoas com mobilidade reduzida e obesos. A identificação da Pessoa com Deficiência (PCD) começa na compra do ingresso, onde o cliente pode especificar sua necessidade.
O festival conta também com empréstimo de kit sensorial, de cadeiras de rodas e Scooter. As plataformas que estão acima do solo são essenciais para o público que tem deficiências. A plataforma do palco Mundo é a maior da Cidade do Rock. Está localizada próximo à torre da tirolesa, ficando a um metro de altura em relação ao solo. A localização garante uma boa visão do palco. O palco Sunset também tem outra plataforma de um metro de altura em relação ao solo. As pessoas com deficiência têm direito a estacionamento exclusivo e gratuito. As vagas estão sujeitas a disponibilidade. Há também transfer por carrinhos de golfe, banheiros acessíveis, pisos para orientação das pessoas com deficiência visual, além de mapa tátil e áudio descrição dos shows. As pessoas com deficiência visual que levarem seu cão guia terão local para manter o bem-estar do animal durante os shows. Para as pessoas com deficiência auditiva, haverá a atuação de intérpretes de libras.
As pessoas com deficiência terão direito a agendamento prioritário para usarem o parque de diversões da Cidade do Rock. A roda gigante conta com uma cabine acessível para cadeira de rodas e a tirolesa tem uma cadeira escaladora automática, permitindo que pessoas com mobilidade física reduzida subam a torre e saltar de tirolesa de 22 metros de altura e 200 metros de extensão. A tirolesa corta toda a frente do Palco Mundo e deixa o público frente a frente com o artista durante as apresentações. Tem ainda a montanha russa, o Megadownload – que permite uma queda livre de 30 metros de altura – e o Discovery, um equipamento italiano que eleva 40 passageiros em movimentos circulares, horários e anti-horários em dois eixos, atingindo uma altura total de 20 metros.
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