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Portal O Globo - Rio de Janeiro/RJ

Publicado em 18/04/2024 - 15:40 / Clipado em 18/04/2024 - 15:40

Tolueno: Conselho Regional de Química do Rio cria comissão para definir melhorias no tratamento das águas de distribuição


Iniciativa prevê evitar que estações de tratamento de água sejam contaminadas por produtos químicos, como aconteceu com a Imunana-Laranjal


Por O GLOBO — Rio de Janeiro

 

O Conselho Regional de Química da Terceira Região (CRQ-III) criou a Comissão Temporária de Estudos sobre a Qualidade da Água de Abastecimento. O objetivo é analisar e definir as melhores práticas para o tratamento das águas de distribuição, problema que ganhou destaque após a contaminação da estação Imunana-Laranjal, da Cedae, por tolueno, no dia 3 de abril.

Segundo o presidente do CRQ-III e coordenador técnico da comissão, Harley Martins, a ideia é fazer com que haja um monitoramento mais eficaz da qualidade da água.

— As análises realizadas diariamente, tanto na água bruta, na captação, quanto na água tratada são insuficientes para detectar uma série de substâncias químicas, não só o tolueno. Os processos utilizados nessas estações são muito básicos e não garantem que essas substâncias sejam retiradas da água — afirma Harley Martins.

 

Presidente do Crea-RJ compara acidente em Imuno-Laranjal com Brumadinho

Na primeira reunião da comissão, que aconteceu em 11 de abril, os presentes discutiram sobre as limitações das estações de tratamento, a necessidade de se investir em laboratórios e tecnologias de tratamento, além do monitoramento de mananciais e da testagem frequente de amostras de água. O encontro também analisou de forma mais minuciosa o acidente na Imunana-Laranjal, que abastece cerca de 2 milhões de pessoas.

 

Contaminação por tolueno

No dia 3 de abril, a Cedae paralisou a operação da estação Imunana-Laranjal em razão da alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação. O sistema abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (água bruta), Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Depois, descobriu-se que a alteração da qualidade de água dizia respeito a uma contaminação por tolueno. O poluente químico chegou a 59 microgramas por litro na estação, quase o dobro do máximo permitido em água potável, que é de 30 microgramas. O produto, altamente tóxico, é usado na fabricação de gasolina, solventes e tintas, e é altamente danosa à saúde.

À época, máquinas de sucção foram usadas para retirar o tolueno da água, que pode ter aparecido devido à proximidade da estação com um duto desativado da Petrobras.

 

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