Publicado em 15/04/2024 - 12:25 / Clipado em 17/04/2024 - 12:25
Nota de Pesar: Benedicto Humberto Rodrigues Francisco
Faleceu nesse sábado, 13 de abril, o professor Benedicto Humberto Rodrigues Francisco, figura destacada da Geologia fluminense nessas últimas seis década.
Bené, como era carinhosamente chamado por seus alunos, colegas e amigos, nasceu em Bananal/SP no dia 16/09/1940, transferindo-se ainda jovem para o Rio de Janeiro, tendo se radicado com sua família no bairro do Cachambi. Estudou no Colégio Pedro II do Engenho Novo e ingressou no curso de Geologia da UFRJ em 1964, graduando-se em 1968. No ano seguinte, foi um dos mais entusiasmados incentivadores na criação do curso de geologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde se tornou um dos seus primeiros docentes. Foi também professor do curso de geologia da Uerj e, ao sair da UFRRJ, transferiu-se para o Museu Nacional da UFRJ, onde lecionou tanto na graduação quando na pós-graduação do Instituto de Geociências da UFRJ. Bené, portanto, foi professor dos três cursos de graduação em geologia do nosso estado.
Concluiu mestrado (1975) e doutorado (1999) pelo Programa de Pós-graduação em Geologia da UFRJ, este último versando sobre os sambaquis de Saquarema, pelos quais dedicou-se com afinco a sua preservação, atuando no Centro Brasileiro de Arqueologia, onde chegou a ser presidente. Bené ainda se graduou em Letras (português e literatura) pelas Faculdades Celso Lisboa, em 1983.
No Museu Nacional, o professor Benedicto foi vice-diretor da instituição entre 1994 e 1998, e idealizador e fundador do Curso de Especialização em Geologia do Quaternário, em 2000.
Ingressou no Clube de Engenharia em agosto de 1987 e foi membro do Conselho Diretor entre 2009 e 2018, tendo chefiado a Divisão Técnica Especializada (DTE) de Recursos Minerais (DRM, atual DTE de Geologia e Mineração) entre 2011 e 2015, e atuado também na DTE de Engenharia do Ambiente (DEA), da qual foi subchefe entre 2009 e 2011. Bené promoveu, a partir das DTEs, dezenas de palestras na sede do Clube de Engenharia sobre os mais variados temas. Era uma figura certa nos almoços mensais do Clube, onde sempre chegava cedo e reservava uma mesa para reunir os colegas geólogos e engenheiros. Também deu sua contribuição ao Crea-RJ como conselheiro e diretor.
O Clube de Engenharia solidariza-se com seus familiares e amigos neste momento de tristeza, reconfortados, seus companheiros de vida associativa e profissional, pelo honroso legado do professor Bené.
O professor Bené foi cremado neste domingo, dia 14, no Rio de Janeiro.
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