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Publicado em 18/03/2024 - 12:03 / Clipado em 25/03/2024 - 12:03

Morte em festival: engenheiro responsável fica em silêncio em depoimento


Eli Fellipe Valadão é um dos responsáveis técnicos pela empresa Grupo Forte Elétrica, sediada em São Paulo, e contratada pela produtora 30e para fazer as instalações elétricas no Riocentro.


Por Anna Luiza Barreto e Gabriel Freitas — Rio de Janeiro
 

O engenheiro responsável pelas instalações elétricas do festival "I Wanna Be Tour", Eli Fellipe Valadão Belo, compareceu à Polícia Civil, mas permaneceu em silêncio. Durante o evento, João Vinícius Ferreira Simões morreu após sofrer uma descarga elétrica ao encostar em um food truck. As perícias feitas no local identificaram diversas irregularidades nas fiações, que passavam por áreas encharcadas.

Eli Fellipe Valadão é um dos responsáveis técnicos pela empresa Grupo Forte Elétrica, sediada em São Paulo, e contratada pela produtora 30e para fazer as instalações elétricas no Riocentro.

De acordo com o Conselho Regional de Engenharia de São Paulo, a empresa tem como sócio-administrador Guilherme Ribeiro Mocuta Mesquita, que não possui registro profissional como engenheiro e nem como responsável técnico.

Eli Fellipe Valadão Belo é engenheiro eletricista do Grupo Forte Elétrica há um ano e quatro meses e formado pela Universidade de Mogi das Cruzes. A empresa faz instalações elétricas em grandes eventos e tem como parceiros o Lollapalooza e a T4F.

O Conselho Regional de Engenharia de São Paulo disse que Eli Fellipe Valadão possui registro ativo, mas afirmou que a fiscalização do incidente cabe ao Crea-RJ, já que que o acidente ocorreu na capital fluminense. O Conselho do Rio ainda não respondeu sobre a apuração do caso.

A Polícia Civil também ouviu Marcelo Silva Santos, Rafael Vieira e Flávio Ferreira, responsáveis pela coordenação do festival I Wanna Be Tour, mas não deu detalhes sobre o teor dos depoimentos.

Os investigadores buscam entender por que a organização do evento não isolou e nem preservou a cena do acidente, já que toda a estrutura foi removida do local na manhã seguinte aos shows, antes da chegada dos peritos.

Além do homicídio culposo, a polícia apura se houve imperícia e negligência dos organizadores do evento. O inquérito analisa também a hipótese de fraude processual, crime previsto por modificar o local de um crime.

Entramos em contato com o Grupo Forte Elétrica, mas não tivemos resposta.

 

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